sexta-feira, 2 de maio de 2008

Viver a cidade!


Ah! Porto Alegre...tão bonita. Guardo bem vivo na memória o dia em que te vi, depois de atravessar a estrada de campos desertos e silenciosos que atravessa Passo do Sobrado, General Câmara, São Jerônimo, Charqueadas indo se abrir na ponte do Guaíba. Mas ando mesmo é pensando no sentido de morar, de estar numa cidade ou lugar que é nossa casa.
Vivemos num mundo de gentes, milhares de pessoas, e as visões são sempre corrompidas pela exaustão dos olhares vazios, cheios de dogmas e fantasmas, cheios de perfumes ácidos de convenção e sombras de aprisionamento pela visão avaliativa, opressora, que mede a grandeza da alma pelo cristalino do universo aparente. Sem roubar nossa carteira, sem nos espancar na porta do bar, os habitantes das cidades sabem ser violentos, sabem ser uma ameaça para quem deseja simplesmente estar em casa onde vive. Uma sociedade de cegos com olhos abertos ou uma sociedade de cegos por infortúnio? O que você prefere?

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