quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lula e a grande mídia


No Brasil, as pessoas consomem, as empresas lucram; o dinheiro do consumo ajuda a construir faculdades e escolas técnicas em cidades abandonadas do interior; as pessoas que moram no interior sentem que sua vida está mudando; os professores sentem que suas condições de trabalho estão melhorando, a ciência e a cultura renascem no país. Devemos todos esses acontecimentos ao governo de um nordestino que, mesmo sem estudo, tornou-se uma das personalidades políticas mais influentes do mundo.
Bom, mas você nunca leu nenhuma frase parecida com essa em jornais e revistas do nosso país. Por que será? Lula é perspicaz e sabe a resposta. Numa entrevista ao portal Terra sobre o poder da mídia, ele diz:

O que acontece muitas vezes é que uma crítica que você recebe é tida como democrática e uma crítica que você faz é tida como antidemocrática. Ou seja, como se determinados setores da imprensa estivessem acima de Deus e ninguém pudesse ser criticado. Escreveu está dito, acabou e é sagrado, como se fosse a Bíblia sagrada. Não é verdade. A posição de um presidente é tomada como ser humano, jornalista escreve como ser humano, juiz julga como ser humano. Ou seja, temos um padrão de comportamento e julgamento e, portanto, todos nós estamos à mercê da crítica. No Brasil - , e foi o Cláudio Lembo que disse para o Portal Terra -, a imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que ela tem um candidato e tem um partido, que falasse. Seria mais simples, seria mais fácil. O que não dá é para as pessoas ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada. Muitas vezes fica explícita no comportamento que eles têm candidato e gostariam que o candidato fosse outro. Tiveram assim em outros momentos. Acho que seria mais lógico, mais explícito. Mas, eles preferem fingir que não têm lado e fazem críticas a todas as pessoas que criticam determinados comportamentos e determinadas matérias.

Veja a entrevista na integra aqui.

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