terça-feira, 10 de junho de 2008


Uma análise lógica muito interessante, feita pelo Fabian, dos últimos acontecimentos envolvendo o des-governo Yeda, seguramente o episódio mais vergonhoso da história política gaudéria. A desgraça é que se ela perder o cargo por prática de algum crime eleitoral, seu vice está longe de inspirar confiança.


Argumentos do tipo ad hominem ofensivo


Argumentos do tipo Ad hominem tentam refutar uma afirmação ou proposta atacando
seu proponente e não fornecem um exame ponderado da afirmação em questão. ‘Ad
hominem’ significa “contra a pessoa”.
Argumentos do tipo ad hominem ofensivo
são uma espécie de ad hominem onde se ataca uma pessoa, geralmente de forma
depreciativa, por uma peculiaridade sua. Seja idade, caráter, família, sexo,
moral, posição social ou econômica, personalidade, aparência, roupa,
comportamento profissional ou político, ou filiação religiosa. A dedução é que
não há motivo para aceitar seriamente as opiniões da pessoa. Por exemplo: fulano
é mau caráter. Logo, não devemos aceitar o que ele está dizendo.
Infelizmente o noticiário político estadual dos últimos dias está repleto de
argumentos falaciosos, que não são amigos da lógica nem da argumentação
racional. Na última briga intestina entre membros do primeiro escalão do governo
Ieda, de repercussões políticas ainda incertas, mas graves, foi transmitido ao
vivo, mais uma falácia ad hominem ofensivo, que fornece a base para a estratégia
de defesa de uma ala do governo gaúcho contra outra.


X reclama que
está sofrendo assédio moral devido às irregularidades que estão sendo cometidas
por parte da gestão estadual, da qual faz parte.

Adicionalmente, X
afirma que, como autoridade pública, não pode se omitir frente provas de
irregularidades em órgãos públicos, pois isso seria crime de responsabilidade

Como prova da afirmação de X, há uma cópia de uma conversa gravada entre
X e Y, onde Y confessa esquemas de irregularidades em órgãos públicos com
objetivo de financiar campanhas eleitorais (inclusive do atual governo)

Y admite a existência de irregularidades em órgãos públicos, realizadas
para financiar o atual governo

Y não sabia que estava sendo gravado por
X, logo X é mau caráter.

Conclusão: não devemos acreditar que X sofreu
assédio moral nem que há irregularidades desse governo não investigadas.


Do blog do Fabian Domingues: http://omeutempohoje.blogspot.com/

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