quinta-feira, 19 de junho de 2008


Há um belo artigo sobre o livro do filósofo e economista Amartia Sen (foto) no blog do Antônio Cicero (http://antoniocicero.blogspot.com/). Gostei do texto e vou prestar atenção no trabalho dele doravante.
Vai uma palhinha:
Contra a política da unidimensionalidade identitária, Sen defende o poder
das identidades competitivas. "Posso ser ao mesmo tempo", diz, no que é sem
dúvida uma auto-descrição, "asiático, cidadão indiano, bengali com ancestrais de
Bangladesh, residente americano ou britânico, economista, filósofo amador,
escritor, sanscritista, alguém que crê fortemente no secularismo e na
democracia, homem, feminista, heterossexual, defensor dos direitos gays e
lésbicos, praticante de um estilo de vida não-religioso, de background hindu,
não-brâmane, descrente em vida depois da vida (e, caso interrogado, descrente em
vida antes da vida também)". E complementa: "Isso é apenas uma pequena amostra
das diversas categorias às quais posso simultaneamente pertencer".

Ouvi falar da poesia e do trabalho filosófico do Antonio Cícero através do amigo Paulo Neves, o maior e mais tímido poeta gaúcho da atualidade, autor de "Viagem, espera", pela Companhia das Letras. Eles estiveram juntos num sarau poético em Porto Alegre.





2 comentários:

Luis Fernando disse...

Parabéns, admiro Amartya Sen, um humanista de verdade. Seu livro "Desenvovimento como liberdade" deveria ser leitura obrigatória.

Saudações,
Luís F.

Flavio Williges disse...

Valeu Luís. Usei um capítulo desse livro do Amartia que citaste numa disciplina de filosofia para Administração. Ninguém me acompanhou. É deprimente ensinar filosofia para alunos que não tem o menor apreço pela reflexão.
Flavio