sábado, 5 de junho de 2010

Witman



Plantei uma flor nova
Um deus perturba meu olhar
A terra e todas as folhas e plantas
Irradiam glória e esperança!
Restará um tempo mais para pensar?
Ou vagará minha alma entre as estradas
Pesquisando o futuro da terra?
A arte de amar é um plano calmo?
Naveguei, vesti teu corpo, amei teus olhos
Naveguei, corri, quis imaginar Deus
Ver suas mãos,
Quis saborear o orvalho mágico das manhãs de primavera,
Mas minha boca e meus dedos eram curtos e mansos
E eu não via senão os feijões dourados e as ervas de espinho
Meu olhar de humano,
Meu olhar de animal assustado.
 A magia secreta
Onde se esconde, onde está oculta?
Deus, o Deus do amor, vive nas flores das plantas, nas sombras
Nos canteiros perfumados e doces
De alecrins e guirlandas?
Ou caminha sobre as águas
Faz milagres, reconhece o dom das almas
Sua verdadeira liberdade?
Quem silencia ou liberta
Somos nós ou o mistério que vemos?
Quem descobre esse véu, conhece as estrelas e traça seu desenho sobre
As orelhas amargas do céu?

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