quarta-feira, 5 de março de 2008

Flores da Cunha e Honório Lemes

Foto dos feridos na batalha do Ibirapiutã, Alegrete, na Revolução de 1923.

Acabo de ler um pequeno diálogo travado entre o líder maragato Honório Lemes e o General Flores da Cunha, às margens do Ibicuí, por ocasião da rendição de Honório Lemes, em 1925, depois de muitos combates. É digno de nota:

"-General, finalmente, foi sua esta vitória. Como quer que o trate, de doutor ou de general?

-Pode me chamar apenas de doutor, uma vez que sou bacharel em ciências jurídicas.

-É melhor assim, porque nesses nossos tempos qualquer índio rude como eu pode ser feito general.

Honório fez menção de entregar a Flores seu revólver e a arma branca que trazia na cintura.

-Suas armas não. Não se tiram as armas de um gaúcho.

O que fez com que Oswaldo Aranha, que a tudo assistia ao lado de Flores da Cunha, empinasse seu cavalo e jogasse seu chapéu para cima gritando: "Viva o Rio Grande do Sul e um viva também a toda a nossa gente".

O texto encontra-se no livro Flores da Cunha, De Corpo Inteiro, de Lauro Schirmer.



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