Um diálogo entre Arjuna e Krishna
Arjuna:
"Qual é, porém, a sorte daquele, ó Mestre, que está cheio de fé, mas não atinge a perfeição em Yoga, porque não domina a sua mente, que se afasta do caminho da disciplina? Perecerá, talvez, como uma nuvem despedaçada pelos ventos?
Krishna:
"Não, meu caríssimo, não perecerá o homem em tais condições; não será aniquilado nem neste mundo, nem nos vindouros. A fé conserva-o vivo, a sua bondade preserva-o da aniquilação. Não se perde nunca quem vive honestamente e em Mim confia. [...]
Como vês, yogi é aquele que procura a Verdade e, confiando na Justiça da Lei Absoluta, sempre faz o melhor que pode. [...]
Sê, pois, ó Arjuna! também um yogi, cheio de fé e bondade!
De todos os yogis, Eu prefiro, porém, aquele que Me adora com fé e a Mim dedica o interior de sua alma; aquele cujo coração transborda Meu Amor e cuja mente sempre sente a minha presença e, com ela, a Paz Suprema" (Bhagavad Gîtâ: a mensagem do Mestre. São Paulo:Pensamento, 2006, p. 80-83)
2 comentários:
não sou hindu, mas acredito nessa forma de pensar (é aplicada também ao catolicismo); a intenção por trás das ações contam muito, ou até mais que a sua devida concretização
Oi Raquel,
Eu gosto de literatura religiosa indiana: hinduista, budista ou de qualquer outra ordem. Considero lamentavel que textos tradicionais como o Bhagavah gita não tenham espaço na nossa cultura contemporânea. No passado não era assim. A maior parte dos homens letrados conheciam esses textos. Fico contente que gostes e que as coisas que coloco aqui digam algo para ti.
abraço
Flavio
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