"A alma está presente para si mesma e, apesar disso, pode estar totalmente longe
de conhecer-se; pode estar inteiramente enganada a respeito de sua própria
natureza. Assim, podemos procurar conhecer a nós mesmos; e, mesmo assim, não
saberíamos onde começar a olhar, nem teríamos consciência de ter nos encontrado,
se já tivéssemos certo entendimento de nós mesmos. Agostinho resolve esse
problema de, ao mesmo tempo, conhecer e não conhecer, através da "memória". ...É
na memória que reside nossa apreensão tácita do que somos, a qual nos guia na
passagem de nossa ignorância original sobre nós mesmos e da descrição
dolorosamente errada de nossa pessoa para o verdadeiro autoconhecimento.... Na
própria raiz da memória, a alma encontra Deus. E, assim, pode-se dizer que a
alma "lembra-se de Deus". Num sentido importante, a verdade não está em mim.
Vejo-a "em" Deus. No lugar onde ocorre o encontro, há uma inversão. Mergulhar na
memória leva-me para além". (Fontes do Self, p. 179-180)
domingo, 8 de junho de 2008
Deus, memória e autoconhecimento
uma passagem muito bonita do livro de Charles Taylor sobre Agostinho e memória.
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